segunda-feira, 5 de abril de 2010

23/03/2010 Bahia Blanca/ Mar Del Plata

De manhã Martin e M. José vieram se despedir, já que partiríamos logo. Depois de uma pequena balançada, estávamos firmes e unidos, mais felizes até. O grupo quase se separara, uns indo para Mar Del Plata, outros p/ Buenos Aires direto, mas acabamos ficando juntos de coração e de fato. Viagem sem novidades, com vista para o Atlântico, gaivotas no céu, asfalto. Chegamos a Mar Del Plata, à tardezinha, com tempo fechado, rodamos na orla, bonita mas um pouco vazia, já que a temporada está no fim. Pequenas praias, divididas por pedras e em cada uma, séries de barracas simétricamente alinhadas, com cadeiras dentro e só abertas na frente, como se fosse uma feirinha vazia. Os prédios em frente ao mar são muito bonitos, com estilo próprio, muito vidro, acho que para segurar a brisa fria daqui. Cassinos, só os vimos por fora, como em outras cidade que passamos, tudo muito limpo. Lá vai o Marsiglia atrás de isca e o Matheus atrás de mercado. Dormimos numa travessa da orla, onde o piso é um pouco mais plano. Povo: Ao contrário do que achávamos, o povo argentino é muito simpático a nós brasileiros, por onde vamos nos fazem festa, demonstram claramente sua alegria em nos receber; as pessoas param nas ruas para nos cumprimentar, elogiam nossas casitas “muy hermosas”, diferentes das suas, que são em grande quantidade, porém antigas demais, ou adaptadas demais, ou mal conservadas demais. São muitas, muitas mesmo, como são muitos os campings, onde vão sempre, nem que seja para passar o dia, em suas próprias cidades. Já o chileno nos pareceu um pouco sério demais, com ar fechado, respondendo com meias palavras, embora com muita educação, econômico ao nos dar uma orientação sobre roteiro, econômico até no sorriso. Claro que há exceções: vimos argentinos ríspidos e chilenos radiantes; mas convenhamos: bagunceiro, brincalhão, falando alto, como nós poucos há no mundo, os argentinos parecem um pouco. Mesmo em locais de grande mistura de raças, como nos glaciares e Ushuaia, os “outros” paravam para nos assistir, brasileiros.

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